quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Resenha #08 - Esquadrão Suicida



Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Esquadrão Suicida
Nome Original: Suicide Squad
Editora: DC Comics
Ano de lançamento: 2011
Edições: 32
Status: Terminada

Resenha:

Como a própria HQ diz: "Esquadrão Suicida: Um time de super vilões encrencados, sancionados pelo governo, que são capazes de reduzir seu tempo de pena participando de missões secretas mortais. Como mante-los na linha? Nano-bombas implantadas em seus pescoços." (Eu não poderia fazer melhor apresentação resumindo o que eles são). Antes de tudo, esta resenha é baseada na versão 4 do esquadrão, ou seja, Os novos 52. (Os Novos 52 foi o nome dado a série de HQ em que zerariam todos os números e recomeçaram a escrever as histórias de seus personagens).

A vilã dos vilões.

 Desta vez a equipe é formada pelo Pistoleiro, Arlequina, El Diablo,  Aranha Negra, Tubarão Rei, Voltaico e claro, são comandados por  Amanda Waller, um mulher forte, capaz de tudo e uma poderosa  figura política no universo DC que criou a "Força Tarefa X" (um  nome bonitinho para Esquadrão Suicida). Logo nas primeiras  páginas temos a equipe sendo torturados após uma emboscada logo  na primeira missão, após um dos vilões contar tudo que sabe, (e  morrer, obvio) a equipe vai para sua missão de batizado: Conter  60.000 pessoas infectadas por um nano-vírus dentro de um estádio.

 Durante as primeiras revistas já vemos algumas características de  como será o enredo ao longo desta HQ: Sangue, muita ação, missões  malucas, intrigas internas pela liderança do grupo, muita sensualidade,  muitas piadas e situação engraçadas e um sentimento em comum em  todos os membros do Esquadão, a vontade de matar A. Waller.
 Fica nítido o quão descartáveis são os vilões, a cada 2 revistas  alguém morrer e colocam outro no lugar, com isso sempre vemos  mortes e outros vilões (que ninguém conhece).






"Briga de marido e mulher, ninguém mete a colher".
Outro ponto positivo da história é o fato do esquadrão fazerem suas missões com o objetivo de não serem notados, ou pelo menos, tentam. Sempre tem uma missão principal e uma sub-missão específica para algum membro do grupo, geralmente é para o pistoleiro, logo vemos que ele é o participante que realmente sabe o que está fazendo (sendo fantoche da Amanda, fazendo o trabalho sujo em prol do governo). Ao longo das HQs vemos quem é o grande vilão: A própria Amanda Waller, chegando a reviver membros mortos do esquadrão para fazer novas missões. Conforme a história vai ocorrendo dependendo do diálogo ou  da situação sempre há um lembrete "Leia SS#04, Leia SS#06", até mesmo tendo referencias a outras histórias da própria DC, quando o Sr. C aparece fazendo uma participação especial.

Esquadrão Suicida é gostoso de se ler, os personagens escritos por Adam Glass (das séries Supernatual, Cold Case e Criminal Minds, nas HQs ele já fez Coringa: Morte em Família, Luke Cage, Demolidor e Deadpool) e desenhado por Federico Dallocchio (já fez e faz muitos trabalhos com a DC Comics) vão se desenvolvendo criando histórias secundárias ao longo da trama (só a Arlequina tem 2 HQs só para contar sua nova origem).

Por fim, esta HQ tem seu público alvo para jovens, porém é bem escrita entregando diversão com um clima de espionagem e humor sem fazer o leitor de bobo, as vezes os desenhos parecem ser mal feitos, porém nada que não de para relevar.


segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Resenha #07 - Batman: A Piada Mortal




Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Batman: A Piada Mortal.
Nome Original: Batman: The Killing Joke.
Editora: DC Comics.
Ano de lançamento: 1988.
Edições: 01.
Status: Terminada.

Resenha:


A história começa em uma noite chuvosa com o homem morcego indo visitar um velho "amigo" no Asilo Arkham, na porta da cela está uma placa escrita com "nome desconhecido" (Sim, o Coringa já tem 75 anos e ninguém sabe o nome de nascença dele). Quando Batman entra na cela, o prisioneiro está se distraindo com seus baralho e ele começa a falar sobre o relacionamento mortal entre os dois, um relacionamento longo e que mais cedo ou mais tarde um deles não teria escolha senão matar seu oponente.

Assim começa uma das melhores historias do cavalheiro das trevas. É possível notar um Batman pensativo, preocupada, quase que atormentado, com algumas perguntas: “Quem é o Coringa?’’, ‘’Como duas pessoas que não se conhecem podem se odiar tanto?’’. E ele percebe que por mais que tenha lutado com o palhaço do crime por inúmeras vezes e por diversos anos , ele não o conhecia, não tinha ideia de como ele se tornou este vilão, tão odiado por ele.

Coringa pronto para um dia na praia.
Outro ponto alto desta obra é a origem do Coringa. A primeira HQ que contou de onde surgiu o vilão mantendo a identidade do personagem oculta. Nos é apresentado quem ele era, se tinha família, o que ele fazia em forma de lembranças do Coringa durante a história, a cada lembrança todos os quadros são coloridos com poucas cores com um tom pastel, sépia (como se fosse uma foto desgastada pelo tempo) usando muito tons de amarelo e laranja, enquanto o resto da história tem diversas cores.

A história é muito conhecida pelo fato do Coringa querer provar (principalmente para o Batman) que qualquer pessoa que passe por um dia ruim pode vir a se tornar um "coringa", para comprovar sua teoria ele usa como cobaia a pessoa mais sã e moral de Gotham: Jim Gordon. O vilão rapta Jim e mostra fotos de sua filha nua, baleada e supostamente estuprada pelo Coringa. Isto já mostra o peso que esta HQ tem, algo totalmente fora do contexto infantil.

Ao final da história quando Batman finalmente luta contra o Coringa, no final da luta o palhaço do crime se entrega e os dois começam a conversar, como se ambos já estivessem cansados de fazer isso, como se este embate tivesse sempre o mesmo resultado: Coringa é preso, escapa, comete algum crime, é preso, escapa...
Mesmo assim, Batman oferece uma forma de reabilitação ao Coringa que recusa e conta uma piada, ambos riem e... (O final fica por sua conta. O que aconteceu depois disto ?).

Se até o Batman riu, a piada é boa.
Esta obra-prima foi escrita por Alan Moore (o mesmo de Watchman, reinventou Mostro do Pântano, Liga Extraordinária, V de Vingança, Do Inferno e por ae vai...). Ele escreve os diálogos de uma forma que você precise ler e reler, te prende na história, trás personalidade ao personagem, principalmente ao Coringa. Trata de um assunto pouco abordado: A relação entre o palhaço do crime com o cavaleiro das trevas, como um via o outro, como o Batman é tão louco quanto o próprio Coringa. As ilustrações por conta do Brian Bolland, um artista que já trabalhou muito com Batman, Dreed, O juiz e Camelot 3000.

Leia e aprecie esta HQ. Cada diálogo, cada cor extravagante que ela lhe proporciona.

P.S: Leia HQ, não veja a animação. (Opinião pessoal do autor que vos fala. A Animação é pra quem tem preguiça de ler.)

Caso queira ler: Batman: A Piada Mortal

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Resenha #06 - Mulher Maravilha: Hiketeia




Ficha Técnica:


Nome Traduzido:  Mulher Maravilha: Hiketeia.
Nome Original: Wonder Woman: Hiketeia.
Editora: DC Comics.
Ano de lançamento: 2003.
Edições: 01.
Status: Terminada.

Resenha:

A história se inicia com Diana, nossa Mulher Maravilha lamentando o frio, a saudades de casa e o livramento de uma pacto enquanto 3 "erínias" (seres muito fofas) a observam (mas este já o final da história. Vamos começar pelo início). 

Uma menina chamada Danielle Wellys é perseguida pelo Batman após cometer vários homicídios e mesmo sendo procurada, consegue escapar (impossível). Após fugir, ela vai até onde mora Mulher Maravilha que ao abrir a porta de sua embaixada se depara com a menina fazendo o sagrado juramento de Hiketeia (vou coloca-lo aqui só para parecer que a resenha ficou grande):

"Venho me oferecer
Em súplica,
A ti, minha alma.
Venho sem proteção.
Venho sem alternativas.
Sem honra, sem esperança.
Sem nada além de mim mesma
Para implorar tua proteção.

Em tua sombra vou servir.
Pelo teu hálito vou respirar.
Por tuas palavras vou falar.
Por tua misericórdia vou viver.

Com todo meu coração,
Com tudo que tenho para oferecer,
Eu te imploro em nome de Zeus,
Que zela por todos os suplicantes:
ACEITA MEU PEDIDO."
Diana aceita o juramento e começa a cuidar da menina. Ao decorrer da história, Batman descobre onde ela está e tenta prender Danielle, porém a Mulher Maravilha não permite, pois isto quebraria o juramento que aceitou. Mas o que Hiketeia ?

Danielle fazendo o sagrada juramento.
Arquivo Pessoal.
Na Antiga Grécia existia uma lei onde um suplicante poderia implorar por abrigo em momentos de necessidade. Ao aceitar a súplica, seu mestre o protegerá e o levará consigo para sua casa, oferecerá hospitalidade e fará dele um membro da sua família.As leis costumavam ser rígidas naqueles tempos, onde assassinato era punido com sangue e quebrar promessas uma desonra punível com a morte. Desde esses tempos, as “Fúrias”, também conhecidas como "Eríneas" pelos gregos estão destinadas a levar vingança contra os assassinos, os mentirosos, os infiéis. Aquele que quebrasse seu sagrado juramento de Hiketeia teria a triste sina de sofrer a justa vingança pelas mãos implacáveis dessas bondosas senhoras.
A história se desenrola por conta de um segredo que Danielle tem e faz o sagrado juramento para esconde-lo. A Mulher Maravilha nunca pergunta a menina o por que da suplica, apenas a aceita. Demonstra muita ingenuidade da parte dela. (Mas sem isso não teriámos história, dá para relevar). Ao ler a hq nota-se o quanto Diana é imponente, forte, mas também carinhoso delicada com as pessoas, que ela tem uma preocupação legítima com Danielle.
Mulher Maravilha derrotando Batman.
Créditos: Internet.
Quanto ao embate de Batman contra a Mulher Maravilha: A batalha é rápida, mesmo com o Batman batendo algumas vezes, é ele que sofre mais danos, mostrando a superioridade da nossa amazona (mentira. Isso esta errado. Batman ganha de qualquer um com preparo). Até que o homem morcego se rende e faz o mesmo juramento a Mulher Maravilha, que nega seu pedido (sério isso ? Colocaram o Batman na história pra isso ? Se ajoelhar perante a Mulher Maravilha para nada). Nas páginas seguintes, a amazona é liberta do seu pacto, finalizando assim a história.

Esta hq tem o roteiro de Greg Rucka (Elektra), lápis de J.G. Jones (Marvel Boy), arte-final deWade von Grawbadger (Starman) e cores de Dave Stewart (Hellboy). Rucka consegue mesclar a modernidade da atualidade com as tradições da Grécia Antiga, junto com uma arte muito detalhista, preocupada em mostrar o quão bela é nossa heroína, fazendo com que esta seja uma das poucas obras da Mulher Maravilha que são lembradas.

Caso queria ler:





quarta-feira, 20 de abril de 2016

Resenha #05: Batman: O Cavaleiro das Trevas - Parte 1



Ficha Técnica:

Nome Traduzido: Batman: O cavaleiro das Trevas.
Nome Original: Batman: The Dark Knight Returns.
Editora: DC Comics.
Ano de lançamento: 1986.
Edições: 04.
Status: Terminada.

Resenha:

A história começa faltando um mês para a aposentadoria de James Gordon (também, com 70 anos, já estava na hora), enquanto uma gangue nomeada "Os Mutantes" domina o submundo da cidade fazendo atos de pura perversidade. Nesta mesma data faz 10 anos que Batman não surge mais pelas ruas de Gotham (aposentadoria graças a um grande trauma), os jovens nem sabem mais se ele foi real ou uma lenda.

Enquanto isso no Asilo Arkham, Harvey Dent, mais conhecido como Duas Caras, está pronto para ser reincluído a sociedade, após passar por um longo tratamento psicológico e uma cirurgia de reconstrução facial (ele ficou parecendo o Lex Luthor. Alias, adivinha quem pagou o tratamento ? Bruce Wayne). Também é possível ver o Coringa preso em Arkham. Ele permanece de forma inerte neste período em que Batman ficou fora de combate. (Até o morcegão reaparecer).
Coringa elegante e letal.
Créditos: Internet.

Frank Miller (Mesmo autor de: Sin City, 300, Batman Ano 1, DareDevil, Eu, Wolverine - Pouca coisa não ? Nenhuma história boa...) acompanhado de  Klaus Jason desenhando e Lynn Varley, fizeram um trabalho impecável. Miller fez um Batman que sofre com o seu passado, uma agustia pela perda de seus pais, do Robin. Foi uma forma interessante de mostrar a origem do personagem ao longo da história, além do leitor ver os fatos do ponto de vista do próprio Batman.

Quando finalmente Batman entra em ação, ele se mostra muito experiente, sabe o que fazer sem se apressar, sempre sabe o momento certo de cada oportunidade, está sempre a frente de seu adversário, mas também nota-se cansaço. O tempo foi cruel com ele, fazendo com que ele utilizasse um "exoesqueleto" após uma luta corpo a corpo contra o líder do grupo mutante. Enquanto Batman sai novamente pelas ruas a impressa se divide se a volta de Batman é boa ou ruim para a sociedade. A cidade esta melhor sem ele ? Esta pior, pois ele atrai os vilões? Este é um ponto de vista muito interessante que está presente em toda história. Te faz pensar que os 2 lados tem razão (Mas antes a cidade com o Batman, do que sem ele).

Carrie Kelly. Nova Robin.
Créditos: Internet.
A Robin é incrível. Quem pensaria numa ideia destas? Robin menina? Carrie Kelley é uma garota esperta e corajosa, que logo que aparece, salva o Batman da morte e ele não pensa 2 vezes antes de recruta-la para lutar ao seu lado (Claro, fez isso a vida inteira. Pegar crianças para combater o crime, uma a mais não fará mal). Nota-se uma relação forte de afeto e carinho na relação, uma relação quase como pai para filha. Está foi uma ideia que Miller receber de um colega.

Durante a hq temos várias história paralelas que deixam tudo mais rico: A aposentadoria de Gordon que "sempre protegeu" o Batman e agora sua sucessora declara caça ao homem-morcego; a gangue que antes seguia um líder mutante, agora faz as mesmas atrocidades em nome do Homem-Morcego; o velho Batman voltando a luta com uma menina ao seu lado, mostrando como a experiencia e a juventude se completam; a volta do Coringa, sempre cada vez mais lunático, fazendo você pensar que se o Batman não tivesse matado ele antes inúmeras pessoas teriam sido polpadas (Um arco incrível. Lembra um pouco Batman: A piada mortal) e claro: Batman contra Superman.

Até finalmente chegarmos a luta derradeira entre eles, Superman da claros avisos que este empate será eminente, mesmo que não deseje isso. Bruce ignora os avisos de Clarck e fará o que for necessário para salvar sua cidade. Fica claro que o Superman trabalha para o governo americano e Gotham está ficando fora de controle por causa da volta do Batman. O conforto se torna eminente e como sempre o Batman (vence qualquer com preparo) está pronto para o conflito. O conforto acontece por causa da reação de uma bomba atômica em Gotham, onde Batman com a sua gangue de mutantes tentam amenizar os danos para a cidade.

Batman vencendo Superman com preparo.
Créditos: Internet.
O homem de aço chega para a luta (cumprindo sua obrigação com o governo, mas não desejando lutar), Batman já tem tudo planejado, calculado para derrotá-lo (o que eu falei sobre preparo ? Lembram ?). É notável que por mais que o Superman apanhe ele sofre mais por ter que lutar contra um amigo do que os golpes . A luta é incrível e tem um final até esperado quando se lê a história.

Miller compôs uma obra-prima, tirando toda a infantilidade que existia no personagem, tornando ele um vigilante velho, calejado de tantas lutas, mas muito mais esperto e eficiente. Algo que também chama a  atenção é a quantidade de quadrinhas e informação numa unica página, é uma hq demorada, para ser saboreada aos poucos.

Se quiser ler: Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 1:

Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 1
Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 2
Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 3
Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 4



Ps: Não farei Batman: Cavaleiro das Trevas - Parte 2 em sequencia igual fiz com Kick-Ass.


terça-feira, 12 de abril de 2016

Resenha #04: V de Vingança



Ficha Técnica:

Nome Traduzido: V de Vingança.
Nome Original: V for Vendetta.
Editora: DC Comics
Ano de lançamento: 1988.
Edições: 5
Status: Terminada.

Resenha:

Sempre tive a curiosidade de ler esta história, conheço muito bem seu autor, mas sempre adiava a leitura. Sempre via apenas algumas cenas do filme baseado nesta obra, porém sem muita atenção, até que uma madrugada resolvi assistir o filme por completo. Ao terminar de ver não queria outra coisa, senão ler finalmente a hq de origem.
Galeria Sombria.
Créditos: Internet.

A história se inicia na Inglaterra, em 5 de novembro de 1997 (lembrai, lembrai.. do 5 do novembro. Data sugestiva, não ?) com um garota chamada Evey Hammond que "se oferece" para a pessoa errada e quase acaba sendo abusada sexualmente senão fosse pela intervenção de (nosso "herói") V.  Ele é um ser que se veste como Guy Fawkes e se apresenta de forma muito enigmática, após salvar a menina, ele a leva para ver seu primeiro grande feito contra o sistema político: Explodir as casas do parlamento. (Romântico, singelo e único.  V realmente é muito galanteador, mal conhece a garota já leva ela para passeios anarquistas). V "adota" Evey e assim vamos descobrindo o passado de ambos, primeiro o da Evey, pois ele sempre se mantém um passo a frente dela com seus mistérios. V é muito teatral, melancólico, mas inteligente em seus planos muito bem amarrados (e loucos).

Quando comecei a ler, estava acostumado a algo mais simples, fácil (beirando a preguiça, algo que não exercitasse meu cérebro alem de interpretar letras enfileiradas) e senti um certo "desconforto" ao ler esta hq, pois algumas vezes tive q voltar as páginas para reler e entender o contexto (Alan Moore é genial, mas tem hora que é um saco ficar lendo o roteiro dele).

V consolando Evey.
Créditos: Internet.
Uma boa sacada são os nomes dos setores do governo. "homens-dedo","Olhos", "Nariz". Cada parte separada tem sua função especifica e juntas formam um corpo, um governo (Sim, eu cheguei a esta conclusão sozinho!!). Tudo isso é controlado pelo "Destino", um super computador que controla todas as câmeras, microfones e ações das pessoas do país.

Há violência na medica certa. Sempre em momentos pontuais onde a agressividade esta lá para completar a história, assim como prostituição, racismo, controle sobre opinião. O que faz a hq ser linda, memorável (e as vezes um pouco arrastada, chata) é o roteiro (tão) detalhado deixando a história geral muito rica com vários pontos de vista do mesmo acontecimento, vários personagens envolvidos são envolvidos por um acontecimentos, mas nem por isso se interagem.

O final é incrível. Tem de tudo um pouco: Traição, reviravoltas, amor, redenção. Evey finalmente entende o que V queria dizer a ela (mesmo que ele a tenha manipulado para que isso aconteça). Esta hq é a prova que uma ideia não morre, o corpo pode virar pó, mas a ideologia é eterna. Alan Moore escreve esta obra prima que mesmo sendo de quase 30 anos atrás se faz tão atual.

Ps: A parte em que V tem um dialogo com a "Justiça" é a melhor parte. É como se a Justiça que ele conhecia tivesse traído ele, e por isso ele rompe o "relacionamento".

Se quiser ler V de Vingança:

V de Vingança - Parte 1
V de Vingança - Parte 2
V de Vingança - Parte 3
V de Vingança - Parte 4
V de Vingança - Parte 5


terça-feira, 29 de março de 2016

Resenha #03: Kick Ass - Parte III



Ficha Técnica:

Nome Original: Kick-Ass 3.
Nome Traduzido: Kick-Ass 3
Editora:Marvel.
Ano de lançamento: 2011.
Edições: 8.
Status: Terminada.

Resenha:

Após Hit-Girl ter sido presa, a equipe Justiça Eterna tenta tirá-la de lá. (bem... eles tentaram pelo menos), mas sem sucesso. Enquanto isso, do lado de fora, Dave e seu amigo Todd saíram do ensino médio, arranjaram um emprego, porém continuaram as vigílias com Kick-Ass se tornando o líder da Justiça Eterna. Numa noite, quando andava sozinho, Dave foi espancado e salvo por uma civil, o nome dela é Valerie. Assim começa o começo do fim.

Esta parte da história tenta mostrar o conflito entre a vida pessoal de Dave, com a vida heroica de Kick-Ass, além de mostrar um lado mais "humano" da Hit-Girl. Justamente por ser o novo líder do grupo de super-heróis, Dave tem que tomar decisões, organizar vigílias e com isso, se mostra cansado deste mundo, além de ter um belo motivo para deixa-lo. (O que uma mulher não faz...)

Don Rocco com sua arma unica.
Créditos: Internet.
Do lado vilanesco da história, The Mother Fucker está no hospital se recuperando da queda sofrida na parte anterior e seu tio vem da Europa para a América afim de organizar os negócios da família (se que você me entende). Don Rocco, tem o plano de unificar as gangues de toda costa leste, afim de ter controle sobre todo tipo de negócio ilícito e mostrar para Christopher como um mafioso trabalha. (Fazer o menino cair na real, deixar de lado a babaquice de sair por ae fantasiado matando criancinhas por diversão).

O ponto de virada na história se da quando um plano do Kick-Ass não da certo, briga com um integrante (folgado) da "liga" e vê seu melhor amigo se desvirtuando de padrões morais básicos de super-heróis (Como por exemplo: Transar com a profº gostosa de biologia. Poxa, Dave. Quem nunca teve uma profª gostosa ? Da um desconto). Em meio tudo isso, Don Rocco vai transformando Christopher no herdeiro de seu futuro império, Mindy conta sua história "de origem" a sua mãe, que invés de sentir nojo, repulsa se inspirar na filha para viver a cada dia.

A partir da segunda metade da história, temos o que faz de Kick-Ass ser tão bom: Sexo e violência. (Muito sexo e muita violência) Pra quem já leu as partes anteriores, já está acostumado com isso.
É muito interessante ver Dave se torna um personagem mais maduro, consciente do que faz. Foi a unica vez que realmente queria ler mais do Dave, do que da Mindy.

Variação das capas da primeira edição formam uma mensagem.
Créditos: Internet.

O final é incrível. Muito sangue, explosões, reviravoltas... O final que (Frank) Millar deu a cada personagem, não poderia ser diferente. Quando você lê, parece tão obvio, não teria como este personagem não fazer este tipo de coisa.

(Ps: Há um spoiler nestas Hqs, sobre o prórpio universo Kick-Ass. Você consegue descobrir ?)

Se quiser ler a resenha sobre Kick-Ass I: Resenha #01: Kick-Ass - Parte I
Se quiser ler a resenha sobre Kick-Ass II:Resenha #02: Kick-Ass - Parte II
Se quiser ler  Kick-Ass III:

Kick-Ass III - Parte 1
Kick-Ass III - Parte 2
Kick-Ass III - Parte 3
Kick-Ass III - Parte 4
Kick-Ass III - Parte 5
Kick-Ass III - Parte 6
Kick-Ass III - Parte 7
Kick-Ass III - Parte 8










segunda-feira, 21 de março de 2016

Resenha #02: Kick Ass - Parte II


Ficha Técnica:

Nome Original: Kick-Ass 2.
Nome Traduzido: Kick-Ass 2. (Sem piadinhas desta vez)
Editora: Verti.. digo, Marvel.
Ano de lançamento: 2011.
Edições: 7
Status: Terminada.

Resenha:

A história começa exatamente aonde fomos deixados na ultima edição de "Kick-Ass 1". Mindy agora tem uma casa fixa, onde mora com a mãe e o madrasto, que é policial. Logo nas primeiras páginas ele descobre todo arsenal da Hit-Girl,  proibindo ela de sair com Dave em novas patrulhas. (Ao longo da história, Marcus sempre fica lembrando Mindy sobre a saúde frágil da mãe, com tom de chantagem).

Bem vindo a Justiça Eterna.
Créditos: internet
Enquanto Mindy se vê obrigada a se tornar uma garota normal, Dave está realizando seu sonho de entrar para um grupo de heróis como ele; A Justiça Eterna. Lá ele descobre que fazer o bem é uma ação que vai além de bater em pessoas, ajudar uma estudante bêbada chegar em casa, servir sopa para os desabrigados também pode ser considerado algo como heroísmo.

Como sempre a violência vai aparecendo aos poucos, mas quando aparece... As folhas pingam sangue (no final das constas, é oq realmente queremos) e ao longo da história, tudo se resumi a uma briga (pode se dizer, guerra) de rua na Time Square com inúmeros mascarados: Os heróis contra os vilões (que o "Mother Fucker" reuniu).

Ao decorrer da história Dave tem 2 grandes perdas: Uma na sua vida pessoal e outra na sua vida "profissional", além de pessoas ao redor dele sofrerem consequências sem saber a causa. Tudo graças ao Mother Fucker (menino minado querendo vingança), que montou um grupo de capangas que não se importam de se vestir feitos otários por um salário bem alto.

Acerto de contas.
Créditos: Internet.
Chega um ponto, que a Mindy não se contém mais, um ponto onde até Marcus mesmo não gostando entende que a Hit-Girl é necessária e novamente ela enche as páginas de sangue. Ela foi deixada meio de lado na história, porém quando aparece é incrível (Melhor personagem, sem mais. Sempre salvando o Kick-Ass). Na ultima edição temos Kick-Ass dando a surra que tanto queríamos ao longo da história. Temos uma luta muito boa entre Hit-Girl e a Mother Russia, vemos a população defendendo os heróis que antes desprezavam, temos a policia mais presente a história, principalmente por conta do Marcus...

Hit-Girl e sua melhor amiga.
Créditos: Internet.
A trama evolui, sempre crescendo ao final. A cada revista somos mais impactados pela curiosidade, pelo sangue, pela raiva e senso de indignação que Mark Millar introduz tão bem na história. Os desenhos continuam por conta do John Romita Jr, que mantém um bom trabalho. (Sim, eu sei que seus desenhos são contestados, mas ainda sim gostei do que ele fez).

Ps: O segundo filme não é tao fiel como o primeiro,(mesmo o primeiro filme não sendo totalmente fiel a hq), mas tem várias falas da hq que estam presentes no filme, várias cenas iguais as páginas.